Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 14 de setembro de 2019

A Queda dos Anjos

A história dos Anjos Caídos é uma das mais tradicionais, entre as lendas da antropogênese mitológica judaica. De modo geral são apresentados como seres divinos, ou superiores que se miscigenaram com seres terrenos e estariam intimamente relacionados, ainda que em dimensão mítica, com a evolução da raça humana.

Examinando essas dimensões míticas, pesquisas históricas encontraram evidências muito fortes de que, num curto período de 50 anos, em 3.300 AC. surgiram em uma única região, invenções como o arado, a Roda, as embarcações e ciências, como a matemática, astronomia, a navegação e Agricultura. Que fatos poderiam explicar tamanho progresso em tão pouco tempo? E, que isso poderia ter a ver com esse mito?

Em um primeiro volume da série a Saga dos Capelino chamado A Queda Dos Anjos, Albert Paul Dohoui, nos conta de forma romanceada, como espíritos exilados foram trazidos de outro sistema solar, para viverem em um corpo físico, no planeta Terra. Narra em detalhes como isso foi feito há aproximadamente em 3.300 a 3600 Anos Antes de Cristo.

Conta como no sistema solar de Capela no Planeta Athilante um espírito superior chamado Varuna é escolhido para organizar a migração de mais de 30 milhões de seres que por não terem acompanhado a evolução moral de parcela significativa da população, foram expatriados para um planeta distante chamado Terra. Ali teriam como missão auxiliar na evolução cultural de uma humanidade primitiva e atrasada e à medida que fossem obtendo êxito e fossem também evoluindo, retornariam a Pátria distante, Athilante.

No romance, a história se passa na Suméria, atual sul do Iraque e conta como Ninrud, um espírito rude, banido e em um corpo físico na Terra, juntamente com seguidores da mesma estirpe, consegue estabelecer na cidade de Uruk a primeira grande civilização. Narra como em um curto espaço de tempo, de forma vertiginosa, mesmo que a custa de horrores, conseguiu dar uma rápida modificação na apática humanidade existente.  

O surgimento do arado, da matemática, da roda, da escrita, da astrologia e da astronomia, juntamente com uma busca desmedida pelo poder, de guerras sangrentas, mortes impiedosas, sagacidade e muita brutalidade, oportunizaram o surgimento da civilização Suméria, a mais antiga civilização conhecida, na região do sul da Mesopotâmia (atual sul do Iraque), na região dos rios Tigre e Eufrates,

Muito mais que horrores este livro descreve em forma de romance, para quem conseguir ler nas entrelinhas, uma versão bastante possível da história dos primórdios de nossa Cultura. Um importantíssimo capítulo da história de nossa herança espiritual.

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 15 de junho de 2015

O MITO DA CAVERNA

O MITO DA CAVERNA de Platão

Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade.
Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade.

Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um muro alto. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa.

Desde o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acorrentados sem poder mover a cabeça nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do sol, sem jamais ter efetivamente visto uns aos outros nem a si mesmos, mas apenas as sombras dos outros e de si mesmos por que estão no escuro e imobilizados.

Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna.

Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches.

Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam.

Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De inicio, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala.

Enfrentando os obstáculos de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão acostumados.

Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna.

Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento.
Ao permanecer no exterior, o prisioneiro, aos poucos, se habitua a luz e começa a ver o mundo.

Encanta-se, tem a felicidade de ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras.

Doravante, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as forças para jamais regressar a ela.

No entanto não pode deixar de lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.

Só que os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-o.

Se mesmo assim ele teima em afirmar o que viu e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-lo.

Mas quem sabe alguns podem ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidir sair da caverna rumo a realidade?

O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia.

A “Alegoria” ou o “Mito” da Caverna ilustra o Mundo das Idéias. Quem liberta sua alma é o filósofo, através da ascese*, vai contemplando as Idéias sucessivamente, até chegar ao Sol, que representa a Suma Idéia do Bem. Todas as coisas estão bem dispostas no mundo, que acontece de forma geometrizável e com propósito. O homem é como um escravo dos deuses e daimons, e pouca chance tem de libertar-se, a não ser com a filosofia, cumprindo a vontade deles, através da vida virtuosa correta.

Ascese: é a prática da renúncia ao prazer ou mesmo a não satisfação de algumas necessidades primárias / é um processo de santificação pessoal / mortificação / penitência, com o propósito de vivenciar um processo de libertação interior e salvação.

Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a sensível e a inteligível.

O conhecimento sensível ocupa-se dos objetos sensíveis que são para Platão, imagens das idéias; o conhecimento inteligível volta-se para os modelos dos objetos sensíveis, ou seja, as idéias.

Dentro do conhecimento sensível, Platão considera dois níveis: o inferior e o superior. No nível inferior encontram-se os fenômenos, as imagens refletidas. Sobre este conhecimento só é possível fazer conjecturas. O nível superior é composto pelos objetos fabricados pelo homem, os seres vivos e plantas. Este segundo grau do sensível não é de saber definitivo, mas faz parte do domínio da crença. Este conhecimento sensível representa o falso saber, simbolizado pelo conhecimento que os prisioneiros da caverna possuem.

É com o conhecimento inteligível que entramos no domínio do saber. Neste tipo de conhecimento, Platão considera também dois níveis: o inferior e o superior. O grau inferior do conhecimento inteligível corresponde ao conhecimento discursivo, cujos objetos são as hipóteses e formas matemáticas. O grau superior do conhecimento inteligível é a intuição intelectual, a qual tem por objeto os seres inteligíveis superiores, as idéias.

Tal concepção de Platão é conhecida como a Teoria das Idéias ou Teoria das Formas.

Conhecer a verdade é ver com os olhos da alma ou com os olhos da inteligência. Assim como o Sol dá sua luz aos olhos e às coisas para que haja um mundo visível, assim também a idéia suprema, o Bem (isto é, a perfeição em si mesma) dá à alma e às idéias a sua perfeição para que haja mundo inteligível. Assim como os olhos e as coisas participam da luz, assim também a alma e as idéias participam da perfeição e é por isso que a alma pode conhecer as idéias.

Assim como a visão é atividade e passividade do olho (atividade, porque é a luz do olhar que torna as coisas visíveis. Passividade, porque os olhos recebem sua luz do Sol), assim também, o conhecimento é passividade e atividade da alma: passividade, porque a alma precisa receber a ação das idéias para poder contemplá-las; atividade, porque essa recepção e contemplação constituem a própria natureza da alma.

Mundo Sensível: Sol; Luz; Cores ; Olhos; Visão; Treva; cegueira; Privação de luz.

Mundo Inteligível: Bem; Verdade; Idéias; Alma racional ou inteligência; Intuição; Ignorância, opinião; Privação de verdade.

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 4 de abril de 2011

A Criança que fui chora na estrada.

A criança que fui...

A criança que fui…

A criança que fui chora na estrada.

Deixei-a ali quando vim ser quem sou;

Mas hoje, vendo que o que sou é nada,

Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou

A vinda tem a regressão errada.

Já não sei de onde vim nem onde estou.

De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar

Um alto monte, de onde possa enfim

O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,

E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar

Em mim um pouco de quando era assim.

Fernando Pessoa

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 4 de março de 2011

Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo… Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar… Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos… Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida… Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado… Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma…

Francisco Buarque de Holanda

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 1 de fevereiro de 2011

A Terceira Inteligência.


 

No iní­cio do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual.. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Já se foi o tempo em que a medida de forma definitiva da inteligência humana era medida em QI. Hoje com o sentido pejorativo de “Quem indicou”, foi definitivamente superada por um terceiro quociente, o da inteligencia espiritual. A ciência mostrou que nao adianta a pessoa ser um gênio e nao saber lidar com os impulsos internos e as emoções decorrentes.
A Inteligencia Espiritual inicia o novo milênio como um instrumento excelente para nos ajudar com essas questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era até no mundo dos negócios.
No livro QS – Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a fí­sica e filósofa americana Dana Zohar abordou esse tema, ainda tão novo quanto polémico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado “Ponto de Deus” no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: “A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual”.
Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em fí­sica pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS – Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record)
De acordo com Dana inteligência espiritual é uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direcção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à  necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas acções.. 

E suas idéias transcritas no livro, foram confirmadas por alguns pesquisadores e cientistas que descobriram um “Ponto de Deus” no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

A diferença entre QE e QS é o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afectam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo,

2. São levadas por valores. São idealistas
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
4. São holísticas
5. Celebram a diversidade
6. Têm independência
7. Perguntam sempre “por quê?”
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
9. Têm espontaneidade
10.Têm compaixão
Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 31 de janeiro de 2011

Quem me dera te amar!

(Mario de Almeida)

Quem me dera te amar
com calma e tranqüilidade
do sol e de estrelas cadentes,
vindas das bandas do oriente,
na manhã do seu mais lindo dia.

Sem violar teu espaço.
nem perfurar teus muros de receios.

Mas, mesmo assim, se eu for chegando
bem devagarinho,
leve feito um passarinho
e invadir teu sono docemente,
desarrumar teu leito silente
e com carinho…

Aceite-me acreditando que será
apenas para renascer contigo
em novo e feliz caminho.

Pra renascer contigo em verdade
e devolver a nos mesmos,
à uma nova e REAL… realidade.

(Mário de Almeida)

Londrina

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 2 de novembro de 2010

Amizade

Amizade!

Quero Ser Teu Amigo

Quero ser teu amigo!
nem de mais e nem de menos
nem tão longe, nem tão perto,
na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber

Sem tirar-te a liberdade
sem jamais te sufocar
sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar
e sem calar quando for hora de falar
Nem ausente nem presente por demais
simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo
mas, confesso é tão dificil aprender
e por isso te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças!
Da-me tempo de acertar nossas distâncias..

Londrina Pr

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 31 de outubro de 2010

Uma Síntese do que todos buscam.

Alana

Tudo o que queremos é ser feliz e fazer nossos entes amados felizes.

Uma síntese do que buscamos em um novo relacionamento, de forma muito lúcida pode ser a pequena frase: queremos ser felizes. É isso mesmo. Todas nossas ações são dirigidas, quer consciente, quer inconsciente para esse objetivo. All we need is love: Esta e a maior mensagem que os Beatles deixaram para a humanidade… é um grito de alerta.

Como você eu também quero ser feliz. Como você busco encontrar uma relação compatível com o atual desenvolvimento psíquico que vivo. Nestes tempos atuais de mudanças rápidas e ininterruptas, juntamente com avanços tecnológicos espantosos, não nos admiremos que, também as relações afetivas passem por profundas transformações e que o conceito de amor também sofra revolução muito significativa. Creio mesmo, que a imensa massa de pessoas que “sofrem por amor”, não se conscientizaram desse inequívoca realidade factual.

Assim sendo, espero, sinceramente, encontrar um relacionamento compatível – afinidades – com esse atual nível de desenvolvimento psíquico/espiritual, no qual o respeito, a individualidade, a alegria e o prazer de estar junto seja a base de tudo e não mais, como antigamente, uma relação de dependência, onde um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. Talvez o termo mais correto para esse estado de relacionamento seja a palavra “parceria”.

A idéia romântica de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para sentirmos completos é a maior responsável pelo processo de despersonalização que historicamente atingiu muito mais a mulher, que abandonou suas características para se amalgamar ao projeto masculino.

Essa idéia que, nasceu com o romantismo, de que uma pessoa deva ser o remédio para nossa felicidade, está destinada a desaparecer neste inicio de século, pois, com o avanço tecnológico, as pessoas estão perdendo o medo de ficar sozinhas e, principalmente a mulher, estão aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas percebem que se sentem fração, mas que são inteiras. As mulheres, principalmente percebem que não dependem mais de um projeto masculino ao qual devem se submeterem.

A solidão é boa, ficar sozinho, de vez em quando, não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. É sozinho (de vez em quando) que se pode estabelecer um diálogo interno necessário ao descobrimento de uma força pessoal, individual que possibilita à pessoa apreender o sentido de que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.

É a partir daí que a pessoa se torna de forma espontanea e natural a ser menos crítica e mais compreensiva quanto às diferenças, e se estabelece o respeito a maneira de ser de cada um. As boas relações afetivas tem muita semelhança quanto o estar sozinho de vez em quando, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.

Cada um de nós somos únicos. Cada um é cada um e tem que ser respeitado exatamente como se é. Nossas expectativas e modos de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. A idéia de que encontraremos nossa Alma Gêmea, na verdade é uma invenção que fazemos de outra pessoa adaptadas ao nosso gosto. Esse tipo de relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado

O que espero, é encontrar o tipo de amor entre duas pessoas inteiras, pois creio ser uma forma bem mais saudável de amor, que possibilita aconchego, prazer da companhia e respeito pelo ser amado, porque “A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado.”

Este é o meu plano, desejo, sonho e uma fantasia que está prioritariamente dentro de um cenário de curto e médio prazo. É minha motivação básica para um abertura lenta, gradual, mas definitiva para o mundo e meta prioritária para esta ultima fase da vida. Creio, mesmo que para poder amar e ser amado necessito abandonar criticas e expectativas de como devo e como as pessoas devam se comportar quando nos relacionamos e entregar-me inteiro para que o outro nos conhecendo como realmente somos, posso amar o ser verdadeiro e nos e possamos amar, tambem o verdadeiro ser na outro pessoa, independente do “tipo” objetivo que se reveste.

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 23 de setembro de 2010

Quero Ser teu Amigo!

Quero ser teu amigo!

nem de mais e nem de menos

nem tão longe, nem tão perto,

na medida mais precisa que eu puder.

 

Mas amar-te sem medida

e ficar na tua vida

da maneira mais discreta que eu souber

 

Sem tirar-te a liberdade

sem jamais te sufocar

sem forçar tua vontade.

Sem falar quando for hora de calar

e sem calar quando for hora de falar

 

Nem ausente nem presente por demais

simplesmente, calmamente, ser-te paz.

 

É bonito ser amigo

mas, confesso

é tão dificil aprender

e por isso te suplico paciência.

 

Vou encher este teu rosto de lembranças!

Da-me tempo de acertar nossas distâncias..

——

 

 
 
Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 19 de julho de 2010

Nunca tente esquecer-me!

Rio Hundihacara - Morretes

Não tente nunca me esquecer!
Vai ser em vão.

Porque se tentares

lembrarás sempre de mim
Como um fantasma errante, 
que nunca soube como

foi parar nos seus braços
e que agora não sabe para onde ir.

Porque as vezes fui um rio
em louco,  boliçoso  e penetrante burburinho,
pelos vãos de seu corpo
a borbulhar em vão…

As, vezes fui remanso,
translúcido,  sereno e cristalino,
nas margens, a cantar pra ti
canções de ninar carinho,
ao som de meu velho e folk violão.

Não tente nunca me esquecer enfim,
porque a vida como um rio te fará lembrar sempre  de mim.

E ver-te-as  no seu destino, como o de um rio que segue  inexoravelmente para o mar, 

seguir  inexoravelmente para o Mário.

 

Então querida não tente nunca me esquecer;
mas deixa-me fluir, passar, cantar … por ti, pra ti…
e silenciar tua tristeza,

como um rio que não pode voltar atrás… e não pode mais parar de ir!

(Mário de Almeida)

Londrina, Pr

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 23 de abril de 2010

O Primeiro Poema

O PRIMEIRO POEMA

(Mário de Almeida)

Como você quereria o meu primeiro poema.
Que fosse como o parto doloroso de Aishá,
ou que fosse alegre como um canto radioso de Oxalá.

Que fosse como a força
do abraço fúria de oceano,
ou um frio inexoravelmente de penetrante minuano.

Que fosse o inconfundível primeiro choro em nascituro,  ou o fanhoso e inconfundível  canto de galo imaturo.

Que fosse o primeiro berro de um’alma aprisionada, Ou a suave e terna beleza do raio de luar em terra iluminada.

Que tivesse a vida entrante do nascer do sol em terra escurecida…
ou a força e a paixão do primeiro jato do pênis intumescido.

Num orgasmo fatal, final… definitivo.

09/2005

 

 

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Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 24 de fevereiro de 2010

Saúde Mental

Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar pra pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia.

Eu me explico. Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma.
Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski e outros mais… E logo me assustei.

-Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida, Van Gogh matou-se, Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve (não suportava mais viver com tanta angústia), Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica, Maiakovski suicidou-se.

Essas eram pessoas lúcidas e profundas… que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental?
Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitido que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; Nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco à vela… Basta fazer o que fez Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.

Pensar é uma coisa muito perigosa… Não… Saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.

Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa.

Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas. Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.

Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra denomina-se software, “equipamento macio”.
O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades ‘espirituais’ – símbolos – que formam os programas e são gravados nos disquetes.

Nós também temos um sotfware e um hardware. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda.

Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.
Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculariedade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz.

Pois não é isso que ocorre conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos do Drummond e o corpo fica excitado.

Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios (o hardware), tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e então, se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou. Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias.

Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para seu hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais tem o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.

Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos.

Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.”
(Rubem Braga)

 

 

………………….

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 22 de fevereiro de 2010

Decepção! Não mais

Favela "Classe Média" em Valinhos.

Favela “Classe Média” em Valinhos.

Decepção não mais

(Mário de Almeida)

Você foi a decepção que eu não pude viver.
porque não quisestes realmente entrar em minha vida…
nem mesmo sem querer.

Embora presente sempre 
mantiveste-me ausente do teu coração.
Embora presente nunca ousaste tocar no fundo
em minha emoção.

Voce foi a mulher que não me decepcionou
nunca e não decepcionará jamais.
Talvez porque as decepções dos outros em mim
já não mais ecoam, como ecoaram as demais.

Então eu posso simplesmente ir embora,
E maravilha da maturidade;
nem mesmo precisamos fingir que se chora.

Vamos voar por ai,
vaguemos pelas nossas vidas

transemos nossas venturas sem mêdo,

em que pese, muitas e muitas vezes… feridas.

Nós fomos a ultima mentira que agora pudemos evitar.
Talvez devido a nossa imensa incapacidade de amar,
como os que mentem que amam,
porque pura e simplesmente

não sabem calar…

———————

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 21 de fevereiro de 2010

Inteligencia Espiritual

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direcção pessoal.

O QS aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que  usamos  para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

Os cientistas descobriram que temos um “Ponto de Deus” no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neuronais. Um tipo de organização neuronal permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico.

Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS? É o poder transformador. A inteligência emocional permite-nos julgar em que situação nos encontramos e a nos comportarmos apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual permite-nos perguntar se queremos estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para nós, e não apenas como as coisas afetam a nossa emoção e como reagimos a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um génio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era das atividades humanas.

Os especialistas identificam dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o auto conhecimento profundo
2. São levadas por valores. São idealistas
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
4. São holísticas [capacidade de ver a relação entre coisas diversas]
5. Celebram a diversidade
6. Têm independência [capacidade de lutar contra as convenções]
7. Perguntam sempre “porquê?”
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
9. Têm espontaneidade
10.Têm compaixão

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 15 de fevereiro de 2010

Não tente nunca me esquecer

Não tente nunca me esquecar!
Vai ser em vão.

Porque se tentares

lembrarás sempre de mim
Como um fantasma errante
que nunca soube como foi para nos seus braços
e agora não sabe para onde ir.

Porque as vezes fui um rio
em louco e boliçoso {penetrante burburinho)
pelos vãos de seu corpo
a borbulhar em vão

As, vezes fui remanso,
translúcido, cristalino e sereno
nas margens, a cantar pra ti
canções de ninar carinho,
ao som de meu velho folk violão.

Não tente nunca me esquecer enfim,
porque a vida como um rio te fará lembrar  de mim.

E me verás no seu destino, como o de um rio que segue,
segue sempre para o Mar,
segue sempre
para o Mário.

Então querida não tente nunca me esquecer;
mas deixa-me fluir, passar, cantar … por ti, pra ti…
e silenciar tua tristeza,

como um rio que não pode voltar atrás… e não pode mais parar de ir!

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 19 de janeiro de 2010

O Poder do Silencio

“Fique quieto e ouça.

Todos os novos aprendizados, todas as idéias sobre coisas novas, criatividade, devaneios e eficácia mental vêm paraaqueles que aprendem sobre o silêncio.

Todos os guerreiros do saber sobre o poder do silêncio. Todos os Anciãos sabem sobre quietude.Fique quieto e conheça o Grande Espírito.

Meditação é o lugar do silêncio. Este é o lugar para ouvir a voz do Grande espírito. Podemos encontrar enormes quantidades de conhecimento em lugar de silêncio. Este é um lugar sagrado.

Grande Espírito, ensina-me o poder de silêncio.”

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 14 de dezembro de 2009

Amar

“Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.  Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”

Amar é reconhece a vida vivendo intensamente em nós, apesar de todos os enganos, incompreensões e caminhos desencontrados.

Amar é deixar de ser prisioneiro do medo e se tornar o geratrix de seu proprio Mundo.

É atravessar a furia das tempestades que sufocam, mas ter lucidez suficiente para não perder o foco na pequena luz que nos foi confiada e continuar agradecido a Deus pelos minutos de gloriosa alegria em que caminhamos juntos com alguem amado.

Amar é estar de frente aos proprios sentimentos, que falam de si mesmo na mais pura linguagem dos anjos e da verdade. É ouvir um não e manter a serenidade e a senssação que caminho mais um passo rumo a perfeição.

E mesmo que a injusta visão dos outros lhe agridam a mente conturbando-a, continuar falando de si mesmo coerentemente, sabiamente, tranquilamente. Sabendo que mesmo que injusta,  a critica é como pedras no caminho, e servem muito bem para fortalezar as bases do castelo erquido em meio ao deserto, à vida.



Fernando Pessoa

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 5 de outubro de 2009

De tudo ficaram três coisas

De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando,

A certeza de que é preciso continuar e

A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar

Fazer da interrupção um caminho novo,

Fazer da queda um passo de dança,

Do medo uma escola,

Do sonho uma ponte,

Da procura um encontro.

E assim terá valido a pena existir!

Fernando Sabino, do livro “Encontro Marcado”

(*12-10-1923 +11-10-2004)

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 22 de setembro de 2009

http://photo.photojpl.com/tour/08toureiffel/08toureiffel.html

Torre Eiffel em 3D
Depois de carregar a imagem, coloque o ponteiro do mouse na imagem e mova-o.
O Efeito é fantastico.
Depois clique na janela pequena do lado direito superior.
Você estará no alto da Torre olhando a cidade. (Estupendo).
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Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 13 de setembro de 2009

Amizade

Quero ser teu amigo!

nem de mais e nem de menos

nem tão longe, nem tão perto,

na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida

e ficar na tua vida

da maneira mais discreta que eu souber

Sem tirar-te a liberdade

sem jamais te sufocar

sem forçar tua vontade.

Sem falar quando for hora de calar

e sem calar quando for hora de falar

Nem ausente nem presente por demais

simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo

mas, confesso

é tão dificil aprender

e por isso te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças!

Da-me tempo de acertar nossas distâncias..

——
e um dia! quem sabe

te amar…

 

(Mário de Almeida – Londrina)

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 19 de fevereiro de 2022

Houve alguma guerra em que os reservistas (a maioria) se recusaram a lutar?

No Brasil,, de acordo com texto do Pedro Silva as duas guerras foram assim.

Foto de perfil de Pedro Silva

Pedro Silva, escreveu um texto que vale a pena ler sobre como foram as duas principais guerras no Brasil.

1 – Na Guerra do Paraguai foi assim.

O Mato Grosso foi invadido pelo Paraguai e um navio brasileiro foi capturado e seus tripulantes tiveram suas orelhas arrancadas,totalizando 6 mil mutilações. Na época,o Brasil tinha três Forças Armadas: o Exército Brasileiro,a Marinha do Brasil e a Guarda Nacional. O EB era composto, majoritariamente por pessoas pobres,camponeses,ex escravos, artesãos e outros membros mais humildes. Não era muito organizado,nem bem equipado. A Marinha,era o inverso,mas tinha efetivo pequeno. A Guarda Nacional era majoritariamente composta pela elite. Bem equipados,bem armados e bem organizados. Advinha o que aconteceu? A Guarda Nacional não quis ir para a guerra.

Brigadeiro Sampaio ordenando as tropas abrirem fogo.

esmagadora maioria dos membros da Guarda Nacional se recusou a entrar em ação. Havia mais de 123 mil integrantes desta instituição. Os poucos que foram (cerca de 50 mil),preferiram ficar comandando tropas, para não ter de entrar no combate corpo à corpo. Foi por isso associado a dificuldade de achar homens que queriam ir à guerra que, emergencialmente, o Império Brasileiro criou o chamado Voluntários da Pátria. Que foi uma convocação de homens brasileiros para expulsar os paraguaios. E a maioria desses membros eram camponeses, dentre outros homens humildes e escravos, os quais foram para a guerra com a promessa de receber a alforria. Duque de Caxias foi um dos comandantes que ajudou o EB ficar mais organizado.

Ele por exemplo instituiu a regra de se barbear,de cortar o cabelo,para não contraírem doenças,ele ordenou que o EB tivesse cuidados de higiene (alguns soldados morriam porque bebiam a água do rio em que defecavam),ele organizou o Exército,ele instituiu os batalhões de combate. Foi nessa guerra onde ficou marcada a presença de estrangeiros como oficiais do Exército, O marechal Mallet,patrono da Artilharia do EB era francês.

2 – Na Segunda Guerra Mundial (1939–1945), foi assim.

A cobra fumou!

Quando a Alemanha invadiu a Polônia em 1939,a frase que ecoava o Brasil era: mais fácil uma cobra fumar a o Brasil entrar na guerra. Tanto porque o conflito era distante (América do Sul para a Europa são mais de 10 mil kms), tanto porque o Brasil tinha aliados dos dois lados,quanto porque o país não era tão potente militarmente falando. Acontece que,pelo fato do país ter aliados dos dois lados (EUA,Inglaterra,Alemanha) o fez entrar no conflito. Na época,o Brasil tinha muito da sua economia baseada na exportação de alimentos e eram esses alimentos que abasteciam a Grã Bretanha,vindos de navios cargueiros. E a Alemanha Nazista queria estrangular o Reino Unido,e por isso afundava todo e qualquer navio que se aproximasse do continente.

25.884 militares foram para a Itália.

Foi devido ao afundamento de navios mercantes brasileiros e a morte dos marinheiros que o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália. O país latino havia afundado navios brasileiros com o submarino Barbarigo. Quando o Brasil criou a Força Expedicionária Brasileira,e avisou que montaria um contingente militar para ir à guerra,a grande maioria dos militares de carreira fugiu. Eles não quiseram ir para a guerra. Eles se recusaram a se apresentar. Também haviam dissidentes que correram para pedir reserva (se aposentar). Talvez por medo dos alemães (que tomaram a Europa toda praticamente sozinhos,tinham armas avançadas e Forças Armadas enormes). Novamente,as Forças Armadas Brasileiras criaram voluntariado e de novo, camponeses,sapateiros,costureiros foram para a guerra. Tanto que até o piloto do Getúlio Vargas,Brigadeiro Nero Moura foi à guerra ser piloto de caça.

Quando a FEB e a FAB estavam na Itália,ingleses e americanos que ladeavam os brasileiros,escreveram em seus relatórios que os sul americanos lutavam como suicidas. Relataram que eram muito criativos: enquanto os britânicos e estadunidenses tinham baixas por congelamento dos pés nos Montes Apeninos,os brasileiros colocavam jornal dentro do coturno e assim eles driblavam as baixas temperaturas. Documentaram que os brasileiros eram implacáveis:quando em corpo a corpo,jogavam coturno,tiravam facas de dentro da blusa,lutavam até o fim (como foi o caso dos três mineiros que o comandante alemão condecorou-os por bravura após a morte deles) e da total rendição da 148 Divisão de Infantaria Alemã aos brasileiros.

Infelizmente,por pura inveja,apesar do heroísmo,esses mesmos covardes que peidaram e não foram para a guerra,se encarregaram de excluir ,marginalizar e ironizar os pracinhas,falando que eles “não eram militares de verdade”. Apagaram os registros heróicos da FEB,não deram assitência médico e psicológica no pós conflito. Não deram pensões. Na própria sociedade civil,ninguém queria dar emprego aos ex combatentes.

Pois é…. o Brasil não é para amadores.

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 13 de abril de 2020

https://gotinder.com/@mariodealmeida

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 19 de dezembro de 2019

A esquerda brasileira e o capitalismo mundial.

Tentando responder a uma pergunta, que teima em não calar: Por que George Soros financia movimentos de esquerda? Como um bilionário, especulador do mercado financeiro, estaria financiando grupos de esquerda?  E por quê?

Tentando responder juntos, vamos refletir sobre alguns fatos.

A grande mídia tupiniquim passou batida, como sempre, sobre o vazamento de informações da fundação do bilionário George Soros, Open Society Foundation, a qual doa milhares de dólares para organizações de pauta esquerdista (progressista). Essa noticia ajudaria a entender a realidade do mundo atual. Se dermos crédito aos textos de Olavo Carvalho e Flávio Morgenstern, esse casamento entre os metacapitalistas e as esquerdas não traz grandes surpresas, pelo contrário, é perfeitamente compatível com os movimentos progressistas de hoje.

Flávio Morgenstern, por exemplo, nos esclarece que para compreender o casamento entre George Soros e grupos de esquerda, é necessário entender o que é Globalismo, algo muito debatido no mundo, mas pouco discutido no Brasil e quais são os objetivos da esquerda hoje em dia.

O grande objetivo da esquerda, de acordo com Morgenstern, na teoria é um mundo de paz entre as pessoas. Assim, para se alcançar a PAZ, na lógica esquerdista, seria necessário um Estado forte, além das fronteiras de um país, capaz de destruir todas as fontes de desigualdades na sociedade, seja ela racial sexual ou até de renda.

Mais do que isso, se tivéssemos um Estado com controle absoluto sobre a sociedade, acima das forças locais de um país, não haveria motivos para as nações entrarem em guerra. E é exatamente aí que entra o Globalismo de George Soros.

Muitos vão afirmar que isso não passa de teoria da conspiração? Mas, o brilhante filósofo inglês, Roger Scruton (ver obra Como ser um Conservador), nos diz que não. Segundo ele, a União Europeia foi criada justamente para ser um Estado acima dos governos locais a fim de evitar mais guerras na Europa.

O fator mais importante, porem é que a união entre os povos não ocorreu de maneira espontânea, popular, de baixo para cima, mas imposta por uma agenda globalista aonde as pessoas comuns não se vêm representadas pelas novas normas e leis impostas para a sociedade pelos burocratas de Bruxelas.  A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) só mostrou este descontentamento popular com a agenda globalista. E por isso mesmo o Brexit se arrasta já a longos anos e muito provavelmente não existirá, de fato.

A União Europeia é fácil de entende, mas o financiamento dos globalistas (Sorus e Cia.) já é de mui difícil compreensão.

Não é tão obvio assim o motivo que leva a Fundação de George Sorus a financiar ONGs, “socialistas” e movimentos da New Luft. Porque financiaria essas ideias de feminismo exacerbado, de ideologia de gênero, nazismo, abortismo, legalização das drogas, livres fronteiras para migração, desarmamentismo, descriminalização da pedofilia, Black lives matter, etc. etc. etc. Parece uma incongruência, mas não é.

O motivo do financiamento está no fato de que muitos destes movimentos de esquerda não são necessariamente contra o capitalismo de George Soros, mas contra valores e princípios conservadores, base da civilização ocidental. E é esses princípios que são obviamente uma resistência aos anseios globalistas das famílias Soros, Rockfeller, Ford, entre outras.

Para estes metacapitalistas cololarem em prática seu projeto de governo global – novamente, tema amplamente discutido no primeiro mundo – é necessário enfraquecer qualquer resistência a esse super governo.

A meta deles então se torna, em longo prazo enfraquecer todos os elementos defendidos pela direita, principalmente pelos conservadores. Os valores atuais, como a família, a religião judaico-cristã, os poderes locais, o respeito às tradições, aos costumes e à liberdade individual são barreiras fortíssimas, principalmente no Brasil e que precisam ser enfraquecidos para o atingimento do poder global.

Fica extremamente difícil um governo moldar um comportamento numa sociedade em que os valores são transmitidos pela família ou pelo convívio social, e não pelo Estado. Do mesmo modo, é quase impossível um governo impor sua agenda diante de costumes e tradições tão enraizadas na sociedade. Estes elementos conservadores representam uma resistência a qualquer tentativa de CONTROLE de governos sobre a sociedade civil.

É por esse motivo que um super capitalista, financia essas agendas progressistas, não só no Brasil, mas mundo afora. Exatamente porque os movimentos de esquerda de hoje lutam contra princípios conservadores, que coincidem com elementos de resistência ao projeto globalista de George Soros.

Para piorar a coisa toda, as maiorias destes movimentos progressistas não lutam exatamente só pelos mais oprimidos, mas se vendem como bem-intencionados, politizando problemas de fato reais, para imporem sua ideologia sobre a sociedade.

Por exemplo, é evidente que existe machismo em diversas partes do mundo; o problema é politizar o tema para impor uma ideologia e um CONTROLE sobre a sociedade, à medida que vão transformando todo homem num potencial machista e toda mulher numa potencial vítima. Em outras palavras, por meio de uma guerra de narrativas, exploram-se ressentimentos para imporem uma agenda antiliberal e anticonservadora sobre a sociedade, financiada com o dinheiro de Soros.

Se bem compreendermos essa questão fica obvio porque uma pessoa adepta da ideologia de gênero defenda também o desarmamento da sociedade civil, o aborto, o poliamor, ridicularize o cristianismo e admire o Obama? Parece-me que não é mera coincidência.

Por que será que é tão previsível saber a opinião dos Gregórios Duviviers e dos cools da Vila Madalena e do Leblon sobre imigração, legalização das drogas, aborto, cotas, etc.? Por que será que tantas pessoas pensam em bloco sobre todos estes temas? Não sei. Talvez George Soros saiba a resposta.

Um feliz Natal.

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 21 de agosto de 2019

Endorfinas Ilimitadas

Está escrito em “procurai primeiro o Reino dos Céus e tudo o mais vos será dado por acréscimo”.

O marketing moderno inverteu isso. Prega: Primeiro queiram o tudo, para poderem fazer o bem. E uma maioria embarcam nessa furada. Porque esse tudo nunca vai ser suficiente. E assim fica-se sem encontrar o Reino.

Obsedados por essa lógica cruel e furada acabam colocando a busca de endorfinas em objetivos materiais. Sempre a felicidade é colocada num movo objetivo material. E isso é como acreditar que se comemos um pedaço de chocolate teremos endorfinas, então quanto mais chocolates comermos mais e mais endorfina teremos.

Sabemos que não é assim, pois a partir de um ponto a produção de endorfina para. E estaremos em uma busca sem fim e infrutífera.

Associar bens materiais com a produção de endorfina e acreditar que mais e mais bens materiais vai dar mais endorfina é candidatar-se à mais e mais frustrações e sofrimentos. A programação do universo não é essa.

Só existe uma coisa que produz endorfina sem limite. Fazer o bem.

O fornecimento de endorfinas só pode ser ilimitado, quando fizermos o que está na nossa programação. No nosso DNA. Ninguém sabe por que é assim, mas se fizer o bem não existe limite de endorfina para você receber. Essa é a programação do Universo. É por isso que todo avatar, – Jesus, aqui no Ocidente, – vem para ensinar a humanidade a ajudar o próximo. A fazer o bem. A fazer a vontade do Pai.

Não tem nada de errado em possuir bens materiais, mas juntamente com eles não deveríamos ficar atentos ao que foi dito dois mil anos atrás: “procurai primeiro o Reino dos Céus e tudo o mais vos será dado por acréscimo”.

Não estaríamos assim agindo mais de acordo com a programação do Universo, que podemos chamar de Desígnio Divino?

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 15 de junho de 2015

Auto ilusao

Auto-ilusão
Juliana Horta. http://satwaterapeutica.wordpress.com

Ilusões e Expectativas

Autoria: Juliana Horta

DIÁLOGO INTERIOR:

“Não, não, não, não, nããããããoooooo…

Espera aí, rapaz!

Não é para aparecer assim tão transparente…

Se reveste aí, por favor!

Não percebe que está se auto-sabotando ao acreditar na ilusão de que está querendo ser completamente transparente?

Não estou dizendo para você eliminar as ilusões e as expectativas da relação, aparecendo assim tão transparente…

Estou dizendo para você eliminar suas idéias pré-concebidas de que consegue eliminar com toda essa transparência as ilusões e expectativas do outro…

No mínimo, ela vai pensar que você está maluco!

Calma, tenha um pouco de paciência!

Vamos diminuir a sua ansiedade!

Tenha fé!

Você está perdendo o controle!

Estamos tentando diminuir a sua ansiedade!

Calma, calma… Respire, respire!!!!!!

Veja bem, você consegue perceber que não está funcionando tentar eliminar as suas expectativas na relação se iludindo com crenças falsas de que a relação não dará certo???

Você percebe que a sua idéia da desilusão também é uma ilusão???

Ora, também não está dando certo, querer eliminar as suas ilusões através das expectativas negativas de que a sua parceira não irá gostar de você…

Mas, com calma, vamos começar a análise pelas evidências, então…

Com toda a transparência, por quê que você acha que ela não vai gostar de você???”

TRANSPARÊNCIA:

TRADUÇÃO:

Não, não, não, não, nããããããoooooo…
[Calma…]

Espera aí, rapaz!
[Páre um pouco!]

Não é para aparecer assim tão transparente…
[Você está se mostrando como você “pensa” que você é!]

Se reveste aí, por favor!
[Tente se dar uma chance!]

Não percebe que está se auto-sabotando ao acreditar na ilusão de estar sendo completamente transparente?
[A sua justificativa de querer entrar na relação mostrando-se como você pensa que é pode ser uma auto-sabotagem]

Não estou dizendo para você eliminar as ilusões e as expectativas da relação, aparecendo assim tão transparente…
[Iludir-se “pensando” estar sendo transparente não vai eliminar as suas ilusões e expectativas da relação…]

Estou dizendo para você eliminar suas idéias pré-concebidas de que consegue eliminar com toda essa transparência as ilusões e expectativas do outro…
[O que você “pensa” parecer transparente pode não ser o que você “pensa” que é aos olhos do outro…]

No mínimo, ela vai pensar que você está maluco!
[Essa história toda é maluca!!!]

Calma, tenha um pouco de paciência!
[Faça as pazes com você, não fique afobado!]

Vamos diminuir a sua ansiedade!
[Vamos encontrar sua razão de ser!]

Tenha fé!
[Acredite!]

Você está perdendo o controle!
[Vamos tentar compreender sua impulsividade!]

Estamos tentando diminuir a sua ansiedade!
[Estamos tentando encontrar sua razão de ser!]

Calma, calma… Respire, respire!!!!!!
[Faça as pazes com você, faça as pazes com você… Deixe o ar entrar e sair, deixe o ar entrar e sair!!!!!!]

Veja bem, você consegue perceber que não está funcionando tentar eliminar as suas expectativas na relação se iludindo com crenças falsas de que a relação não dará certo???
[Você percebe que não consegue eliminar, com a sua negatividade, todas as sensações e sentimentos BONS que esta nova relação te trouxe???]

Você percebe que a sua idéia da desilusão também é uma ilusão???
[Você percebe que quanto mais se cobra em desiludir-se, mais iludido você está???]

Ora, também não está dando certo, querer eliminar as suas ilusões através das expectativas negativas de que a sua parceira não irá gostar de você…
[Você sabe quem controla esta mágica que se chama AMOR dentro de uma relação??? Esperar o pior não vai te proteger, você já está envolvido!!!]

Mas, calma, vamos começar a análise pelas evidências, então…
[Faça as pazes com você. Vamos começar o nosso trabalho pelo que você enxerga, então…]

Com toda a transparência, afinal, porquê que você acha que ela não vai gostar de você…???
[Tendo em vista, aquilo que você “pensa” que é e tudo o que você está sentindo, como você pode saber o que o outro pode estar sentindo por você…???]

MORAL DA HISTÓRIA:

Muitos de nós tentamos esconder nossos pontos fracos e nos mostramos diante dos outros com “transparências” imponentes, representando papéis sociais que não correspondem aos fatos.

Simular um script é formar uma idéia inconsistente de si mesmo e distanciada da realidade, supondo ou pensando uma irrealidade. Isso pode representar uma auto-ilusão.

Em várias circunstâncias, a suposta “transparência” pode ser uma aparência enganadora que oculta ou disfarça as nossas fragilidades e pontos vulneráveis, que nos afasta tanto de si mesmo quanto do outro.

Esta auto-ilusão pode ter como raízes os preconceitos, desejos, inseguranças, bloqueios e outros tantos fatores psicológicos que impedem o indivíduo de perceber a sua realidade.

Muitas vezes, quando fixamos certas concepções ou pontos de vista alheios como se fossem absolutos, perdemos o contato com o outro e conosco mesmos.

Daí a necessidade de almejarmos o nosso aperfeiçoamento, não a perfeição precipitada.

Nunca devemos abrir mão das nossas relações, nem subjugando o parceiro, nem nos subjugando. Aprendemos com o outro a conhecermos a nós mesmos… Compreendemos a partir do outro as nossas limitações… Compreendemos a partir do outro o quanto podemos amar, influenciando-o e nos deixando influenciar… É uma troca onde, não há erros, mas sim aprendizado! O saldo é sempre positivo!

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 15 de junho de 2015

Neurose de angústia

A neurose de angústia

O termo angústia surgiu precocemente nas colocações de Freud, primeiramente vinculado ao que ele chamou “neurose de angústia”. Já tendo percebido que os sintomas da neurastenia baseavam-se em fatores sexuais da vida dos sujeitos (FREUD, 1950/1996o, p. 223), o passo inicial de Freud foi examinar o papel da sexualidade na etiologia da neurose de angústia.

Nesse contexto, enquanto a neurastenia liga-se a um empobrecimento da excitação pela alta frequência de emissões de produtos sexuais (FREUD, 1898/1996b, p. 255), a neurose de angústia se define por um acúmulo de excitação (FREUD, 1895/1996a, p. 114-5). A neurose de angústia corresponde a “uma questão de acumulação física de excitação – isto é, uma acumulação de tensão sexual física” (FREUD, 1950/1996p, p. 237). Porém, a angústia não é simplesmente localizada no acúmulo da excitação: “visto que absolutamente nenhuma angústia está contida no que é acumulado, a situação se define dizendo-se que a angústia surge por transformação a partir da tensão sexual acumulada” (ibid., grifos do autor). Ou seja, é preciso que haja um processo de transformação para que a angústia surja do acúmulo de tensão sexual.

Em torno de 1894, a preocupação de Freud foi situar a angústia na transformação de uma tensão física que encontrou impedimentos para se desembaraçar do corpo. Segundo o princípio de constância e sua tendência em manter o mais baixo possível o nível de tensão no interior do organismo (Cf. FREUD, 1950/1996q, p. 349 e 1920/1996i, p. 18), a angústia irromperia quando a energia sexual fosse obstaculizada em seu processo de escoamento (FREUD, 1950/1996p, p. 238).

Assim, há uma tensão física que se impõe ao sujeito como uma exigência corporal, mas que é apenas psiquicamente percebida na ultrapassagem de um limiar (FREUD, 1895/1996a, p. 109). É somente ao atingir um certo nível que a excitação entra em contato com um grupo de ideias sexuais e ganha significação psíquica. Uma vez a libido seja despertada, o sujeito é constrangido a engajar-se numa busca para liberar o afeto sexual do sistema psíquico (ibid.), através do que Freud chamou de “ação específica” (FREUD, 1950/1996q, p.349). É pelo estado de tensão libidinal que o sujeito será impelido a realizar a ação que consume a descarga psíquica (FREUD, 1895/1996a, p. 109).

Por considerar a prática do coito interrompido uma estimulação física completamente incapaz de produzir uma descarga adequada ou suficiente, Freud a associa intimamente à neurose de angústia (FREUD, 1895/1996a, p. 111). No caso do coito interrompido, a realização da descarga da excitação não ocorre de maneira satisfatória, pois a tensão física, ao não ser transformada em um afeto libidinal, deixa de atingir o grupo de representantes psíquicos condizentes com a sexualidade. Sem a ativação desse grupo psíquico, não surge a ânsia pela descarga que a ação específica promove. Ou seja, a tensão sexual somática permanece enraizada no corpo e, sem encontrar vazão, a única maneira pela qual ela obtém escoamento é através de sua transformação em angústia.

Angustia - Munch

Angustia – Munch

A neurose de angústia define-se, então, como o hiato entre a tensão sexual física que acometeria o corpo e a possibilidade de algo ser psiquicamente significado, tendo como consequência o que Freud chama de uma “alienação entre as esferas psíquicas e somáticas” (FREUD, 1895/1996a, p. 111).

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 23 de setembro de 2013

Estresse e auto conhecimento.

Estresse 

A melhor estratégia para combater o estresse deve passar pelo velho adágio: “Homem conhece a ti mesmo”. As coisas que enxergamos na nossa vida como sendo nossos problemas, raramente são os nossos verdadeiros problemas. As dificuldades que vemos superficialmente (estresse, falta de dinheiro, relacionamentos difíceis, doenças, vícios, obesidade etc.) indicam que temos algo mais profundo que não está bem e que acaba nos levando inconscientemente a situações de estresse. A melhor recomendação que recebi até hoje é a de que devemos limpar a negatividade interior.·.

Felizmente, existe técnicas como a EFT – Emocional Freedom Techniques (Técnica de Libertação Emocional)- costumam ser extremamente rápidas e eficazes quando se trata de casos de estresse.  Por mais severo que seja o caso e mesmo que com métodos tradicionais não se tenha tido resultados, a EFT, por exemplo costuma resolver esses casos em minutos ou em poucas sessões.

Podendo também ser chamada de “Acupuntura Emocional sem Agulhas” ela ensina a desbloquear a energia negativa estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando cura rápida para questões físicas e emocionais. E, o melhor de tudo, você mesmo pode se auto-aplicar o método.

 
A técnica se baseia em descobertas realizadas pelo Dr. Roger Callahan, PhD, psicólogo norte-americano que também é estudioso de acupuntura e cinesiologia aplicada. O método consiste no desbloqueio dos canais energéticos (que são chamados de meridianos na medicina chinesa), enquanto o indivíduo se sintoniza em um problema emocional ou físico. 

Estes canais energéticos dos meridianos são os mesmos ativados durante a terapia da acupuntura e pode-se dizer que a EFT é uma “versão emocional” desta primeira técnica. No entanto, não há necessidade de nenhum tipo de agulha!

 

O desbloqueio da energia é realizado através de leves batidas com as pontas dos dedos nos terminais dos meridianos, ao mesmo tempo em que o paciente está sintonizado no problema que ele relembra através da repetição de frases lembretes (frases que trazem à tona os sentimentos negativos que precisam ser trabalhados). Essas frases servem para lembrar ao cérebro (ou seja, ao sistema energético cerebral) o que está sendo tratado, desbloqueado, curado. 

Este processo é simples, porém, muito poderoso, trazendo resultados profundos e duradouros. A frase lembrete funciona como na técnica de PNL – Programação neurolinguística. No entanto, a ativação dos meridianos não funciona como numa massagem do tipo shiatsu, ou de qualquer outra técnica, apesar de usar os mesmos meridianos. Este método é uma ‘combinação’ que se baseia neste conhecimento milenar oriental que nos ensina que a “doença é testemunha de um obstáculo para a realização do Caminho da Vida” e em outras técnicas complementares de fixação.

 ImagemA EFT pode ser usada para eliminar emoções negativas e também para fixar emoções positivas no nosso cérebro. A EFT é um método próprio e sua aplicação tem particularidades que obtém uma eficácia acima da média, sendo ao mesmo tempo simples de aprender.

Publicado por: Mario de Almeida - Psicoterapeuta | 22 de julho de 2013

Auto conhecimento e Amizade

O psicanalista Pedro de Xhanti, em um curso apresentado aqui em São Paulo abordou a amizade de um ponto de vista que gostaria de repartir contigo.

No curso ele explora algumas modalidades de vínculo com o outro a partir de uma perspectiva psicanalítica, partindo do conceito psicanalítico segundo o qual o que move o ser humano é a busca por prazer. Sabemos também da perspectiva de que nossa busca primária seja feita pelo outro, pelo estabelecimento de algum tipo de relação afetiva.

Se a paixão em “Pathos” é desconhecimento, a paixão já traz compromisso e intimidade o que abre uma porta para o amor e a partir daí, através do autoconhecimento pode-se chegar ao relacionamento maduro, característica da verdadeira amizade.

Podemos chegar à amizade como uma figura clássica de interlocução e conhecimento, uma via sublimada para a satisfação, a partir da paixão inicial, passando pela possível, embora instável e incerta, transformação da paixão em amor.

O auto conhecimento é uma base segura para o estabelecimento de um relacionamento harmonioso e pleno de momentos felizes. E por essa e por outras que, acima do portal do Templo de Apolo na antiga Grécia estava escrito: “Homem conhece a ti mesmo”. Este é um principio basilar para a libertação do medo ao pecado, à doença, à velhice e a morte, após o que podemos ser cada vez livres para encontramo-nos com o outro

Reconhecendo a nós mesmos

Reconhecendo a nós mesmos

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